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| PERFIL SOCIOLINGUÍSTICO DOS INDÍGENAS APINAJÉ: PREFERÊNCIA E ATITUDES LINGUÍSTICAS NUM CENÁRIO BILÍNGUE E
INTERCULTURAL | Autores: Severina Alves de Almeida (FACIT - Faculdade de Ciências do Tocantins ) ; Rosineide Magalhães de Sousa (UNB - Universidade de Brasília ) |
Resumo: Este pôster apresenta uma pesquisa realizada com o povo Apinajé, grupo com 2.282 indígenas que habita em 27 aldeias localizadas na região do Bico do Papagaio, norte do Tocantins. O objetivo foi identificar o perfil sociolinguístico dos Apinajé das comunidades São José e Mariazinha, percebendo preferências e atitudes linguísticas num cenário bilíngue e intercultural. A pesquisa é qualitativa, mas com uma configuração qualiquantitativa, tendo como base os estudos de Günther (2006) e Vasconcelos (2009). É uma etnografia participante, colaborativa e crítica a partir das teorias de Ezpeleta e Rockwell (1989), Erickson (1984) e Thomas (1993). Os dados foram gerados qualitativa e quantitativamente com observações, entrevistas e aplicação de questionário, sendo que este visou a um estudo etnográfico e sociolinguístico. O questionário foi adaptado dos trabalhos de Maher (2010) e, também, da pesquisa de Albuquerque (1999; 2010), fundamentados em Fishman (1967). O corpus investigado é composto de entrevistas realizadas com lideranças, professores e estudantes Apinajé; diário e notas de campo. Para análise, destacamos a Sociolinguística: Labov (1972; 2008); Bortoni-Ricardo (2005; 2011; 2014); Camacho (2013); Calvet (2009); Hymes (1974; 1986) e Bell (2014). Bilinguismo: Grosjean (1982; 1999); Harmers e Blanc (2000) e Bell (2014). Sobre Educação Indígena, Bilíngue e Intercultural: Maher (2007, 2008, 2010); Grupioni (2002, 2003; 2006). Acerca dos Apinajé: Curt Nimuendajú (1983); Roberto da Matta (1976); Francisco Edviges Albuquerque (1999, 2007, 2011) e Almeida (2012, 2015, 2018). O estudo revelou que os Apinajé são bilíngues nas línguas Apinajé e Portuguesa; que as preferência e as atitudes linguísticas são de apreço pela Língua Materna, Apinajé, mas observamos que a Língua Portuguesa (segunda língua) está adentrando em domínios sociais que deveriam ser de competência exclusiva da língua indígena, resultado da situação de contato e, mais eloquentemente, da educação escolar.
Agência de fomento: CAPES |
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