Os estudos sobre história do livro na Amazônia são bem recentes, contudo, as pesquisas já apontam para a importância da região para a constituição da história do livro no Brasil. Neste estudo, busca-se entender como se deu a produção, a impressão e a editoração de livros escolares na Amazônia paraense no século XIX e início do século XX. Para a realização do estudo, foi feita uma pesquisa documental no catálogo de obras raras da biblioteca pública Arthur Vianna e em sebos virtuais, e uma pesquisa bibliográfica em Blake (1898), Moreira (1979) e Braga (1913). Nossas primeiras editoras foram criadas a partir da independência do Brasil. Contudo, por serem desaparelhadas e sem estrutura, quase não editavam livros. Entretanto, a partir da segunda metade do século XIX, com a Era da Borracha, o Pará (na época, chamado de Província do Pará) ganhou um espaço significativo no campo da editoração de livros, com a produção e edição, em grande escala, de livros escolares. Editoras paraenses fizeram parceria com editoras francesas e  editaram vários livros escolares na França. Muitos intelectuais paraenses ganharam visibilidade nacional e internacional pela importância de suas obras. Nesse período, o Pará se destacou na produção de livros escolares. No que se refere a livros de leitura e gramáticas, não dependíamos de livros vindos de outra região do país, pois tínhamos suprimento próprio.