PORTUGUÊS INDÍGENA SATERÉ-MAWÉ | Autores: Hellen Cristina Picanço Simas (UFAM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) |
Resumo: O Brasil é plurilíngue, resultado do entre choque entre os povos indígenas, negros e europeu. Em ido de quinhentos possuía mais de mil povos falando cada qual suas respectivas línguas, porém, durante o processo de colonização esta vasta riqueza linguística foi reduzida a 305 povos indígenas e 274 línguas, segundo o último levantamento do Instituto de Geografia e Estatística – IBGE (2010). Apesar de dessa variedade linguística, poucas são ainda as línguas indígenas estudadas profundamente e menor ainda são os dados sobre as variedades de português faladas pelos povos ancestrais. É preciso, portanto, compreender a realidade linguística brasileira, considerando-se a “polarização sociolinguística do Brasil e suas relações com a natureza pluriétnica da população” (LUCCHESI, BAXTER e RIBEIRO, 2009, p. 16-17). Diante da relevância do tema apontando, este artigo discutir o português indígena dos sateré-mawé, mostrando algumas características encontradas na fala dos sateré-mawé de Parintins, Baixo Amazonas (AM). Os resultados iniciais apresentados provém de uma pesquisa de pós-doutorado realizada na Universidade Federal Fluminense em 2018. Foram entrevistados 16 indígenas sateré de quatro faixas etárias: a) 15-25 anos; b) 35-45 anos; c) 55-65 anos e d) mais de 65 anos, sendo dois homens e duas mulheres em cada faixa etária. A teoria Sociolinguística Quantitativa é respaldo teórico, bem como os estudos de Terezinha Maher (1996, 1998); Dante Lucchesi, Baxter e Ribeiro (2009); Beatriz Christiano e Moana Silva (2012) dentre os outros.
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