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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


A produtividade sufixal e prefixal na formação de verbos parassintéticos do Português

Autores:
Gislene da Silva (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho")

Resumo:

Partindo da afirmação de Rocha (2008, p. 168) de que se deve aprofundar o estudo do parassintetismo, tendo como foco a pesquisa dos principais afixos empregados, já que alguns afixos são mais produtivos do que outros, o objetivo desse trabalho é apresentar uma análise da produtividade dos prefixos e sufixos presentes nos verbos parassintéticos do Português. Para a realização das nossas análises, utilizaremos como corpus os verbos parassintéticos do Português Brasileiro (PB) e do Português Europeu (PE). Para a montagem do corpus, coletamos todos os verbos parassintéticos presentes nas edições do Jornal Folha de São Paulo (Br) e Público (Pt) publicados durante a década de 1990 e disponíveis na página da Linguateca e organizamos as ocorrências de acordo com os prefixos e sufixos que se unem às bases. Os principais prefixos envolvidos na formação dos verbos parassintéticos são a-, de-, des-, em-/en-, es- e ex-, enquanto que os sufixos mais comuns são -e(ar), -ej(ar), -iz(ar) e -ec(er). De acordo com Rocha (2008), na parassíntese os prefixos mais produtivos são a-, des- e em- e os sufixos mais produtivos são -ar, -ec(er) e -iz(ar). Assim, nas nossas análises, indicaremos se esses são os afixos mais produtivos nos verbos parassintéticos do PB e do PE presentes no nosso corpus ou se há outros que são mais utilizados na parassíntese verbal portuguesa e mostraremos se há diferenças na produtividade dos afixos presentes nos verbos parassintéticos do PB e do PE. Para a realização das nossas análises, utilizaremos como suporte teórico os textos de Basílio (1987; 2000; 2014), Carvalho (1986), Iacobini (2010), Laroca (2001), Mattos e Silva (2008; 2015), Rio-Torto (1993; 1994, 1998), Rocha (2008), Sandmann (1997), Schwindt (2000, 2014), Silva Neto (1950), Villalva (1986; 1990; 1994; 2000; 2012; 2015; 2016). Este trabalho é orientado pelo Professor Dr. Daniel Soares da Costa (UNESP/FCLAR).


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