A aquisição de qualquer língua constitui-se em um processo e, como tal, apresenta um desenvolvimento regular que se concretiza na interação social dos interlocutores. Por meio da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), o indivíduo surdo produz as informações e conhecimentos necessários para a construção de sua identidade social. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar algumas questões referentes à aquisição do português escrito como segunda língua pelo surdo, considerando alguns elementos, tais como: as particularidades dos inputs linguísticos existentes neste processo; o papel da escola na formação do aluno, bem como a influência da educação formal na formação identitária do educando surdo em meio a uma cultura majoritariamente ouvinte; além da necessidade de se repensar o currículo escolar, a partir das histórias e expressões existentes no meio cultural surdo. O trabalho se constituiu em uma pesquisa bibliográfica em que alguns elementos analisados mostram que o fazer pedagógico dos professores frente ao processo da aquisição do português escrito como parte da educação inclusiva para os surdos é de fundamental importância. Compreende-se, do estudo em questão, a importância dos aspectos socioculturais envoltos no processo de aquisição do português escrito como segunda língua pelo surdo, sobretudo, entendendo-se a necessidade de que haja uma real transformação nas práticas pedagógicas de docentes participantes deste processo, principalmente no que se refere a reconhecer o valor social da Língua Brasileira de Sinais nas comunidades surdas e não-surdas.