Diversidade Cultural e Linguística na Amazônia Paraense | Autores: Adriane Gomes Barroso (UFOPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ) ; Ediene Pena Ferreira (UFOPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ) |
Resumo: Esta pesquisa apresenta aspectos da diversidade linguística do estado do Pará, com vistas a desfazer o mito de que existe uma única língua na Amazônia paraense, percepção dominante na maioria da população brasileira, apesar de o Brasil ser um país multilíngue e multicultural. O foco deste estudo restringiu-se a algumas cidades do estado do Pará, com o propósito de apresentar a diversidade linguística paraense, relacionando a língua com a formação histórico-cultural dessas cidades. O estado do Pará é o segundo maior estado da região norte do Brasil, com extensão territorial de 1.248.000 km² e com uma média populacional de 8,074 milhões de habitantes. Como fotografia sociodialetológica, apresentamos exemplos de variação fonética e lexical extraídos de trabalhos de pesquisadores da área, que corroboram a desmitificação de que somos um país monolíngue e de que no Pará há uma única linguagem paraense. Neste contexto, os resultados demonstram, por exemplo, a preferência, no campo fonético, das variantes [lj] e [lj] nas cidades de Belém e Marabá, respectivamente. No campo lexical, podemos apontar a preferência por Maresia em Santarém e Banzeiro em Redenção, quando perguntado ao informante “o nome do movimento da água do rio”. Esta questão foi retirada do Questionário Semântico-lexical (QSL) do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB). Esses resultados demonstram a diversidade linguística do Pará.
Agência de fomento: CAPES |
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