O trabalho é composto coletivamente por duas pesquisadoras-educadoras-leitoras. Enquanto eixo teórico-metodológico, intenciona o diálogo entre a pesquisa narrativa e autobiográfica  (Arfuch, 2010; Yvancos, 2006; Momberger, 2011) e propõe atenção e reflexão em aspectos que envolvem a escrita de si e a constituição de sujeito, partindo, como percurso metodológico da obra de Dostoiévski, "Diário de um Escritor (1873). A formação de vida somada à pesquisa acadêmica e à experiência de ensino são um triedro constituinte de metodologias de ensino, sempre em movimento. Portanto, este trabalho dialoga com a experiência-encontro de duas Mestrandas em Educação, uma, Professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II, que trabalha com Literatura Clássica, e outra, Professora de Artes, que, por entre espaços de leitura, escritas e vivências, trabalha com as narrativas de vida de mulheres. Ambos estudos se intensificam e dialogam a partir das reflexões sobre literatura e a escrita de si. Partindo do olhar para a experiência docente e pesquisadora, este trabalho propõe apresentar elementos que constituem o docente e pesquisador que trabalha com Literatura Clássica e Artes, como sujeitos autores na constituição discursiva de si e do outro. É fundamental a relação docente/pesquisador. Serão abordadas questões como: a individualidade e a pluralidade (BAKHTIN, 2015) na escrita; a consciência de si e do outro, enquanto espaço-tempo de "confrontos" de egos; a experiência de escrever, enquanto espaço de autoformação e modificação da realidade. Tomar-se-ão, por base teórica, também autores como Bakhtin, Barthes, Novaski, Freire, Larrosa, Rancière, Foucault, Deleuze e Guattari.