O trabalho objetiva apresentar o conceito de africanidades (SILVA, 2005; CUNHA JR. 2013; MUNANGA, 2014), como norteador do trabalho de ensino e aprendizagem de língua portuguesa, também como um princípio teórico-metodológico para a formação de participantes e produçao dos materiais didáticos de um  projeto PIBID,  e ainda como um indicador de letramento racial. No Brasil, africanidades tem sido utilizado como uma categoria “que compreende e se compreende a partir do mundo cultural africano diaspórico na superação do racismo e na produção de uma nova regra de justiça social e felicidade subjetiva” (OLIVEIRA, 2014, p.31). Enquanto princípio teórico-metodológico implica e indica escolhas, posturas, procedimentos, ética, cosmovisão. Como indicador de letramento racial crítico (FERREIRA, 2014) possibilita aos envolvidos refletir sobre questões de raça, racismo, identidade racial etc. e impulsiona a “buscar o conhecimento, para desmistificar conceitos na sala da aula e auxiliar na formação de alunos críticos, que não conheçam apenas a versão eurocêntrica de uma história, mas que conheçam as nossas heranças africanas e lutem contra o preconceito” (SOUZA, 2016 p.8).  A partir dos três pilares apontados, podemos dizer que temos construído e vivenciado uma práxis das africanidades que se revela no letramento racial crítico dos pibidianos e nos materiais didáticos produzidos dentro do projeto. Apresentaremos na perspectiva anunciada, a elaboracao de dois livros didáticos e espanol língua estrangeira e de diferentes materiais para o ensino de língua portuguesa.