Levando em consideração as experiências vividas pelos jovens contemporâneos, o referido estudo pretende abordar a temática da morte como elemento fruidor do romance juvenil Dick Silva no mundo intermediário (2016) do escritor gaúcho Luís Dill a partir de concepções estéticas da cultura de massa. Martha (2015) menciona que esse é o escritor contemporâneo que mais retrata a violência urbana, pois desenvolve temas polêmicos, “considerados tabus pela sociedade”, com a sutileza de não ultrapassar “os limites do universo dos jovens leitores”. Nesse sentido, a pesquisa é de cunho bibliográfico e tem como aporte teórico as ideologias de Adorno e Horkheimer (2002) quando se refere à “barbárie estilizada”; Macdonal (1971) sobre a ideia de alienação e homogeneização do público leitor; Morin (1977) no que diz respeito à integração da cultura de massa, Eco (2001) sobre os desafios estéticos que a cultura mass media representa nas produções literárias e Candido (1999) apropriando-se da Literatura como ferramenta indispensável para a formação humana.  Assim, compreende-se que o romance de Luís Dill lhe configura um caráter singular e intermediador, porque trabalha o tema da morte de maneira sutil e que reflete na estrutura textual. Candido (2000) nos faz entender que uma obra só pode ser compreendida a partir de uma interpretação dialética entre a fusão de texto e contexto. O social e midiático, torna-se um fator determinante na interpretação do romance Dick Silva no mundo intermediário, no entanto, não são os únicos elementos passíveis de significação, visto que tais elementos, externos à obra, desempenham uma função na constituição da estrutura, tornando-se também interno. Esse jogo dialético é um desafio para o leitor e nos faz constatar que a narrativa juvenil possui uma composição textual complexa, motivando o sujeito a significar a partir do seu repertório sociocultural, interagindo, também, com a trama narrativa.