Em 07 de fevereiro de 1909 nasceu Helder Pessoa Câmara, 10º filho de pai guarda-livros e jornalista e mãe professora. Aos 14 anos ingressou no Seminário, sendo ordenado ao sacerdócio em 1931, tornando-se arcebispo de Olinda e Recife em 1964, sendo um dos idealizadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Com o regime militar, Recife passou a sofrer com o grande número de prisões políticas. Dom Helder Câmara possuía posicionamentos conhecido de defesa da vida, dos direitos humanos e das garantias fundamentais, o que o levou a ser silenciado pelos meios de comunicação a mando do regime, conforme afirmou “decretaram que eu não mais existia”.
O presente trabalho tem por objetivo analisar o impacto da atuação de Dom Helder Câmara, declarado patrono brasileiro dos Direitos Humanos em 2017, na luta pelo fim da repressão ocasionada pelo regime militar e a busca pela retomada dos direitos e liberdades suprimidas. Para tanto, será realizada pesquisa bibliográfica, através da análise de textos e documentos da época, assim como dos atos institucionais. Será empregado o método hipotético dedutivo.
Percebe-se que Dom Helder Câmara teve atuação de expressividade no cenário nacional de resistência ao regime, o que até hoje lhe rende o título de "santo rebelde". Dom Helder Câmara opôs-se frontalmente ao cerceamento dos direitos, manifestando sua indignação com tal realidade, como expresso em discurso na cidade de Paris (1970): “O que fiz foi defender a justiça. Se combato as injustiças quando são cometidas em qualquer parte do mundo, por que haveria de me calar quando essas injustiças e arbitrariedades se passam dentro do meu país?”. Dom Helder Câmara viajou o mundo expondo e denunciando a realidade de abusos, autoritarismo e repressão vivida no Brasil. Sua luta o tornou internacionalmente conhecido, o que lhe rendeu mais de 30 títulos de Doutor Honoris Causa.