Nesse pôster sintetizo os deslocamentos das estratégias políticas de visibilidade e de participação significativa do movimento internacional organizado de trabalhadores sexuais. Ele é resultado dos projetos de extensão que desenvolvi com a “Associação Mulheres Guerreiras: profissionais do sexo unidas por respeito” e do VI Encontro Nacional. Enfocarei as estratégias de combate ao estigma e de difusão de dizeres ancorados nessa identidade trabalhista. Farei isto destacando algumas das potencializações de circulação postas na América Latina. Discutirei também as intervenções coletivas que visam apoiar essa luta para além da a forte tutela jurídico-sanitarista que embasa o intervencionismo governamental do Ministério da Saúde. Como materialidade discursiva parto das formulações postas em circulação pelo projeto brasileiro “Sem vergonha, garota. Você tem profissão” (2002), sigo através dos portais virtuais de duas redes de representação latino americana (RedTraSex e PLAPERTS) e finalizo com algumas das exposições do projeto fotográfico “O que você não vê. A prostituição vista por nós mesmas” (2016). Quero nessa ocasião desenvolver algumas das relações entre sociedade, política e direitos humanos a partir da reflexão sobre as estratégias de inscrição de sentidos do movimento dos trabalhadores sexuais brasileiros aliados a outras categorias trabalhistas e identitárias. Enfoco especificamente discursividades que assumem como materialidade significante, para além da “voz” desses sujeitos, os próprios corpos (des)gendrados.