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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


ARABISMOS DO IMPÉRIO PORTUGUÊS DO ORIENTE

Autores:
Samantha de Moura Maranhao (UFPI - Universidade Federal do Piauí)

Resumo:

Este estudo sobre arabismos portugueses visa analisar os empréstimos e os estrangeirismos adquiridos quando da expansão ultramarina portuguesa e do estabelecimento do Império na Ásia. Busca responder à questão: o que caracteriza os arabismos do Império Português do Oriente? As hipóteses testadas são: 1. Há empréstimos com cerca de 500 anos de integração devidamente adaptados aos padrões estruturais da língua portuguesa; 2. Diferentemente dos arabismos ibéricos, os arabismos do Império Português na Ásia integram restrito número de campos semânticos, relacionados ao comércio e à organização social, política e militar das diferentes regiões colonizadas; 3. Embora integrados, não se caracterizam estes empréstimos pela produtividade lexical possibilitada pelos processos de composição e de derivação; 4. não se caracterizam tampouco pela expansão semântica, isto é, pela aquisição de novos significados, no português brasileiro. Colheram-se os fundamentos teóricos na Linguística de Contato (WEINREICH, 1967), na literatura especializada em arabismos portugueses (CORRIENTE, 2013; CORRIENTE, 2006; CORRIENTE, 2003; CORRIENTE, 1996; VIGUERA MOLINS, 2002) e em historiadores da presença portuguesa na Ásia (AYELLO LEITE, 2015; MOUNT SERRATH, 2013; PEDREIRA, 1998). Os arabismos analisados foram buscados nos dicionários de Corrientes (2003). Apresentam-se os dados na forma de glossário, contendo as lexias levantadas, informações gramaticais e etimológicas, acepção e comentários acerca do uso dos arabismos analisados. A análise parcial dos dados aponta para a corroboração de todas as hipóteses.