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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


UMA HISTÓRIA DAS IDEIAS LINGUÍSTICAS E FILOSÓFICO-GRAMATICAIS DOS NOMES: SUBSTANTIVO E ADJETIVO

Autores:
Antonio Cilírio da Silva Neto (UFT - Universidade Federal do Tocantins)

Resumo:

Resumo: Esta comunicação tem por objetivo apresentar uma história da ideias linguísticas e filosófico-gramaticais de ensino dos "nomes" substantivo e adjetivo para alunos, professores e estudiosos que se interessam pelo ensino da língua portuguesa e pelo conhecimento de classificações; portanto, um processo de descoberta de representações do mundo por meio da língua e da linguagem (COLOMBAT, FOURNIER e PUECH, 2017). Sabemos que, tradicionalmente, ensinamos a classificar as palavras em classes, em substantivo, adjetivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição, o que foi um legado da tradição dos estudos gramaticais. Essa prática foi desenvolvida nas aulas de Línguística e Ensino e vem sendo aprofundada nas pesquisas do doutorado. Esperamos que, a partir desse entendimento, possamos estabelecer novas perspectivas para a compreensão do que normatividade gramatical e sua multiplicidade de usos observadas nas gramáticas brasileiras e portuguesas. O uso da linguagem gramatical, como forma dinâmica do jogo, precisa considerar os elementos histórico-sociais na construção e na enunciação dos códigos linguísticos, por isso fazemos referência ao tratado nas gramáticas e na história das ideias linguísticas. Urge, para esse esforço, a recuperação das noções de normatividade, de jogo e de gramática, fundados em Gadamer (1985). Como ponto de partida metodológico nos fiaremos em pesquisas bibliográficas, de observação, descrição, análise e reflexão que estão direcionados às investigações de cunho filosófico. Para revisitarmos esse processo de ensino, discutiremos a importância de compreendermos os encaminhamentos teóricos que se entrelaçam no ensino do nome substantivo e adjetivo com as considerações linguísticas e filosóficas que estreitam a relação do falante com a língua e a experiência de manipular e aplicar sua normatividade de maneira significativa.