O presente artigo apresenta-se como resultado parcial da pesquisa científica intitulada Um estudo léxico-semântico sobre a farmacopeia do Brasil Colonial em documentos do século XVIII (CAPES), orientado pela Profa. Dra. Clotilde de Almeida Azevedo Murakawa e cujo objetivo principal é organizar um estudo léxico-semântico, relativo ao vocabulário da cura utilizada no tratamento das enfermidades que se manifestavam nas regiões mineradoras do Brasil Colonial. Os objetivos específicos são: elaborar um vocabulário especializado relativo à farmacopeia referente ao contexto aurífero do século XVIII; comprovar a importância do uso de corpus lexicográfico informatizado em pesquisas que envolvam as Ciências do Léxico; desenvolver reflexões científicas a respeito das divergências e congruências entre os conceitos de Lexicografia Especializada e Terminografia; verificar, por meio da investigação sobre o percurso de tais disciplinas, qual delas oferece melhor suporte teórico ao estudo do vocabulário especializado. Para contemplar os objetivos propostos, pautamo-nos nos pressupostos teóricos da Linguística de Corpus (SARDINHA, 2004), da Lexicografia de Especialidade (ALVES COSTA, 2015; SCHIERHOLZ, 2012; EDO MARZÁ, 2012; Bergenholtz e Tarp, 2010), da Terminologia (CABRÉ, 1999), e da Lexicologia (MATORÉ, 1953). A metodologia parte da leitura e da análise de textos produzidos no século XVIII, bem como da utilização do Banco de Dados do Dicionário Histórico do Português do Brasil – séculos XVI, XVII e XVIII (CNPq) para a extração e seleção das unidades lexicais que compõem a nomenclatura do vocabulário. Discutiremos, por ora, as análises quantitativa e qualitativa de tais unidades. As definições serão reunidas por meio da utilização de dicionários gerais e/ou específicos dos séculos XVIII, XIX, XX e XXI, e a análise destas resultará na elaboração de um estudo léxico-semântico sobre o vocabulário proposto.