DESVOZEAMENTO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO (PB): a ocorrência do fenômeno nas vogais pretônicas altas em falantes do Pará e de São Paulo. | Autores: Giselda da Rocha Fagundes (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) |
Resumo: Esta pesquisa apresenta os resultados parciais de minha tese de doutoramento, orientada pela Profa. Dra. Regina Célia Fernandes Cruz (UFPA/CNPQ), e co-orientada pela Profa. Dra. Elonora Cavalcante (UNICAMP/CNPq) e pelo Prof. Dr. Alexsandro Meireles (UFES), e tem como objetivo apresentar a ocorrência do fenômeno do desvozeamento das vogais altas /i/ e /u/ pretônicas no Português Brasileiro em informantes de dois estados: Pará (PA) e São Paulo (SP). Para tanto, realizamos a análise acústica das gravações de áudio de 12 (doze) informantes, sendo 6 (seis) paraenses que moravam em São Paulo no período máximo um ano, e 6 (seis) paulistas. A estratificação social adotada foi a mesma utilizada para as descrições sociolinguísticas: Faixa Etária (de 20 a 35 anos), Nível de Escolaridade (ensino superior) e Sexo (masculino e feminino). O corpus foi formado pela gravação em cinco repetições aleatorizadas dos vocábulos selecionados na frase veículo “Diga ____ logo”. Foram analisados um total de 2.880 frases. Nossos resultados, diferentemente dos achados de Meneses (2012) e dos demais autores apresentados nesta pesquisa, no que tange às vogais pretônicas, confirmaram a nossa hipótese de que há desvozeamento nas vogais pretônicas altas em contexto interconsonantal surdo. Nossos dados atestaram a presença de três variantes de vozeamento para as vogais alvo deste estudo, a saber: Vozeadas (39%), Parcialmente Vozeadas (8%) e Desvozeadas (53%), sendo os homens paraenses os que mais apresentaram desvozeamento (29,7%) e entre os homens paulistas os maiores índices de vozeamento (36,13%). Por trata-se de resultados parciais, outras análises ainda estão sendo feitas para consolidar os resultados aqui apresentados.
Agência de fomento: CNPq |
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