O presente artigo tem por objetivo a averiguação dos tipos de conectivos presentes na gramática normativa, tais como conjunções e preposições, verbos transitivos e outras formas de ligação de ideias e enunciados, a fim de podermos entendê-los em sua forma significativa como unidade de sentido, e sua representação semântica nos possíveis casos frasais em que se encontrarem. Para tanto, não apenas a semântica convencional será utilizada como norma metodológica para o estudo, mas também o contexto pragmático onde cada enunciado estará inserido. Dentro dessa situação, a gramática normativa não será a unidade referencial de conhecimento para tal estudo, mas a retórica, entendida como a arte de falar, e os estudos lógicos, ou da dialética, como a arte de pensar. Esse tripé apresentado e seus setores de conhecimento sustentam o estudo inicial das chamadas sete artes liberais, das quais nos interessa analisar as que estão voltadas ao estudo da língua. Desse modo, serão procurados esses fenômenos linguísticos na língua portuguesa, procurando uma melhor compreensão metalinguística através dessa vertente para o estudo de receptor e produtor da fala e da escrita, entendendo suas causas e objetivos dentro dos estudos da análise do discurso. Este trabalho, ainda em fase inicial de pesquisa, se baseará, a princípio, nos preceitos teóricos de Joseph (2008), Nougué (2015) e na lógica aristotélica, mas se expandirá à medida que as considerações e análises se desenvolvam, podendo abranger conteúdos das artes liberais e sua possível aplicação em sala de aula.