Este trabalho, ainda em andamento, faz parte do projeto de pesquisa intitulado 'Representações Sociocognitivas na Conceitualização e  Emergência de empatia no Discurso de estudantes guineenses e brasileiros da Unilab' ( Programa de Produtividade em Pesquisa, Estímulo à Interiorização e à Inovação Tecnológica (IC/BPI) da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap). Apresentamos resultados parciais da análise dos mecanismos e processos de natureza corpórea, socioculturalmente situados que estruturam a base das conceitualizações a respeito de sentimentos gerados por atos de violência e investigamos os modelos cognitivos idealizados (MCI) subjacentes à  modelagem do fenômeno da violência e empatia. Buscamos averiguar se atitudes empáticas por  parte dos participantes entrevistados com respeito a agentes de violência emergem em seus discursos. A pesquisa é de cunho qualitativo exploratório e até o momento, foram realizadas entrevistas com oito participantes brasileiros (quatro de cada gênero) e oito de nacionalidade guineense da Unilab, das quais buscamos manifestações de elementos linguístico-cognitivos em suas  conceitualizações de violência. Ancoramos nossas análises sob o viés da Linguística Cognitiva e com base nos aportes teóricos e metodológicos advindos da Teoria da Metáfora Conceptual (LAKOFF; JOHNSON, 1980; 1999; GRADY, 1997; JOHNSON, 1999), dos Modelos Cognitivos Idealizados (LAKOFF, 1987), da Análise do Discurso à Luz da Metáfora (CAMERON ET. AL., 2009) e da Teoria dos Sistemas Dinâmicos Complexos (LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008). Os resultados parciais revelaram que os MCI’s de esquemas de imagens de FORÇA, do tipo Remoção de restrição, e DENTRO-FORA embasam algumas das conceitualizações de violência que investigamos. Vimos também que o Sistema da Metáfora da Moral estrutura a forma como os participantes conceitualizam a violência de um modo mais amplo, uma vez que recorrem à Metáfora da Autoridade Moral para deslegitimar a suposta “superioridade" de quem pratica ações violentas.