Neste artigo, com base nos pressupostos teóricos da sociolinguística Educacional de BORTONI-RICARDO (2004), BAGNO (1999) e a Sociolinguística Variacionista de LABOV (1972), buscamos descrever e analisar o tratamento dado ao ensino dos pronomes de primeira pessoa do plural -"nós" e "a gente"- no livro didático de língua portuguesa do segundo ano do ensino médio, no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Tocantins – IFTO – Campus Palmas. Partimos da hipótese de que o pronome a gente aparece com baixa frequência nos livros didáticos do ensino médio, tal hipótese foi de fato confirmada. Os resultados evidenciaram a predominância do ensino do pronome nós para designar a primeira pessoa do plural na função de sujeito, ao passo que, a forma variante a gente utilizada em situações informais da língua não estava presente no livro didático analisado. A partir desses resultados, propomos sugestões metodológicas para os professores de língua portuguesa trabalharem as alternâncias do pronome de primeira pessoa do plural nós e a gente principalmente na função de sujeito. Essas alternâncias de usos linguísticos estão bem presentes no falar dos alunos da comunidade de fala palmense, por isso que há necessidade em considerar essas variações linguísticas no ensino da língua portuguesa nessa comunidade.