Proposta de análise do verbo tomar no quadro da TLG | Autores: José Wellisten Abreu de Souza (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Thiago Magno de Carvalho Costa (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) |
Resumo: Uma das abordagens componenciais mais modernas é a proposta do Léxico Gerativo. A Teoria do Léxico Gerativo (TLG) tem como premissa estudar aspectos já apontados como problemáticos para as teorias de Semântica Lexical, tais como a natureza polimórfica da linguagem. Nesse sentido, objetiva-se discutir a sistematização da estrutura semântica do verbo tomar, considerando exemplos intuitivos, visando defender a tese de que estamos diante de uma estrutura polissêmica. Assim sendo, assume-se como aparato teórico a TLG, principalmente a partir dos estudos de Pustejovsky (1991, 1995, 2013, 2014), Trindade (2006, 2012) e Murphy (2010). Para tanto, parte-se da acepção do verbo tomar enquanto item dicionarizado, em seguida, apresenta-se uma proposta de estrutura argumental via TLG para esse verbo. Com isso, busca-se responder aos seguintes questionamentos metodológicos: (a) quais propriedades semânticas estão subjacentes na relação entre o verbo tomar e os argumentos a ele associados? e (b) de que forma a associação entre o verbo tomar e seus argumentos permitem ou não caracterizá-lo com um verbo leve (cf. JASPERSEN, 1954; SCHER, 2003)?. Em suma, acredita-se que a produtividade semântica do verbo tomar, ora funcionando, em certos contextos, como verbo pleno, ora como verbo leve, permite à conclusão de que tal item lexical depende dos outros elementos presentes na sentença, isto é, a interpretação semântica do verbo tomar é feita composicionalmente, fruto da atuação do mecanismo gerativo da co-composicionalidade (PUSTEJOVSKY, 2012).
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