O objetivo deste trabalho é apresentar a prática da produção escrita no gênero discursivo, página de diário. O gênero textual, diário, é deixado de lado tanto pela escola, quanto pelo falante de língua portuguesa, muitas vezes é visto como se fosse um texto sem utilidade alguma para o letramento do falante de língua portuguesa na escola. Contudo, a prática de textos subjetivos na escola deve ser incentivada da mesma forma que a produção de textos objetivos e acadêmicos é, de tal forma que o falante de língua portuguesa consiga perceber a diferença de ambos os estilos e a utilidade daqueles para a vida pessoal e desses para a acadêmica/profissional. É na escrita subjetiva do diário que o estudante pode realmente perceber-se como autor de suas ações no seu dia a dia, e assim analisar como os fatos se sucedem e clarear as ideais acerca de suas escolhas, ajudando-o muitas vezes a resolver problemas internos e pessoais. O trabalho foi desenvolvido em turmas dos Cursos Técnicos em Informática para Internet e Agricultura do Ensino Médio do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul campus Naviraí. A metodologia se deu da seguinte forma: 1. Explicação sobre as especificidades do gênero textual diário; 2. Leitura de trechos de obras no estilo diário como Diário de Anne Frank e Diário de um Banana; 3. Produção dos diários pessoais; 4. Análise das produções individuais dos estudantes sobre o diário pessoal. O aporte teórico deste trabalho contou com autores como Geraldi, 1997; Cagliari, 2005; Orlandi, 2007; Koche, Marinello e Boff, 2012; Possenti, 2002; Vygotsky 1991, 1993, 1995 e 2000; Kock 2002, 2003, 2009; Marcuschi, 2005.