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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


AS LENDAS DA FLORESTA CONTADAS POR SERINGUEIROS ACREANOS

Autores:
Marcia Veronica Ramos de Macedo (UFAC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE) ; Maria Candida Trindade Costa de Seabra (UFAC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE)

Resumo:

RESUMO

As lendas da floresta contadas por seringueiros acreanos objetiva resgatar estórias das entidades da floresta amazônica a fim de disponibilizar aos professores das redes estadual e municipal de ensino e à clientela estudantil, em geral, narrativas próprias da região amazônica contadas in locu por seringueiros e seringueiras acreanas que nunca saíram do seringal, que viveram ou ouviram contar (o que é mais comum). Tem como base teórica os pressupostos da Dialetologia, Sociolinguística, da Antropologia Linguística e da Linguística de texto. O corpus compõe-se de cinquenta e oito lendas publicadas por Macêdo e Macêdo Sousa (2007) e coletadas nas regiões dos Vales do Acre, Purus e Juruá nos idos de 1990. O método lexicográfico foi utilizado para a elaboração de um mini glossário composto 135 lexias cujo modelo de verbete é de Macêdo (2012) e a linguística de texto para a transformação das entrevistas em pequenas lendas. Além do mini glossário, obtiveram-se 58 estórias das entidades da floresta amazônica, como: Caboclinho da Mata, Caipora, Mãe d’Água, Mãe da Mata, Mãe da Seringueira e Mapinguari. As estórias lendárias são um resgate à memória do povo acreano que tanto sofrem às peculiaridades dos seringais, das colocações, dos longínquos lugares que habitam, muitas vezes sem lazer, educação e condições de saúde adequadas. A experiência é única pelo fato de os informantes acreditam em seres imaginários que lhes dão o dom da oralidade podem compartilhar de suas vivências e resgatar as lendas próprias da Amazônia.