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| Memes e disputas de sentido na constituição da identidade amazônica | Autores: Luiz Carlos Martins de Souza (UFAM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) |
Resumo: A partir de 7 (sete) memes que circulam nas redes sociais, como Facebook e Twitter, desenvolvemos análise dos processos de formulação e constituição dos sentidos, pensando os processos discursivos que cristalizam disputas de sentido e concepções identitárias, produzindo efeitos de sentido cuja origem remontam aos discursos da colonização brasileira e das Américas. Utilizamos a metodologia da Análise de Discurso materialista, proposta por Michel Pêcheux, deslocando a perspectiva lacaniana do RSI, a partir da proposta e diferenciação de Marx sobre processo de investigação e processo de exposição, reorganizando e consolidando a abordagem dialética materialista nas fases de condução e exposição de análise discursiva dos memes. Desse modo relacionamos o primeiro nível de análise, em que recorremos aos trabalhos da Argumentação, da Pragmática, Linguística Textual, e das teorias enunciativas e literárias com ênfase na consciência e no controle da formulação dos textos, e da relação intencional com a alteridade, em que a ideologia é concebida como ocultação e manipulação de sentidos, de intenções e da alteridade formulada. O segundo, o Simbólico, em que fundamentamos com propostas do Formalismo Russo, do estruturalismo, das concepções foucaultianas, pêcheutianas e orlandianas, sobre objeto discursivo, formações discursivas, estrutura, reprodução, deslocamento e falha. O terceiro, o Real do inconsciente, Real da língua e Real da história, perscrutando sobre os modos borromeanos de enlaçamento entre esse níveis de análise, no acontecimento discursivo, e pensando a interdiscursividade, a alteridade constitutiva, os processos metafóricos e metonímicos, e as regras e quebras de regras vindas da história que estabelecem relações de poder e modos de desejar e não desejar. Nesse nível, a ideologia e o inconsciente estão imbricados nos processos de produção de evidências. Mostramos como a discursividade da destruição dos povos indígenas continua produzindo efeitos nas relações de poder entre as regiões brasileiras e sendo reproduzidas em ambientes virtuais brasileiros.
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