ANÁLISE DA TOPONÍMIA DOS MUNICÍPIOS DE JUNCO DO MARANHÃO E MARACAÇUMÉ- MA | Autores: Vanessa Nunes da Silva (UEMA - Universidade Estadual do Maranhão) ; José Gustavo Martins (UEMA - Universidade Estadual do Maranhão) |
Resumo: Este trabalho insere-se nas atividades do grupo de estudo Língua, Cultura, História e Poder – LINCHI responsável pelo projeto Atlas Toponímico do Estado do Maranhão: Análise da Toponímia da Mesorregião Oeste Maranhense, desenvolvido na Universidade Estadual do Maranhão, Brasil. O estudo tem o propósito de analisar a toponímia, nomes de pequenos aglomerados humanos e acidentes físicos dos municípios de Junco do Maranhão e Maracaçumé, localizadas na Microrregião de Gurupi, mesorregião Oeste Maranhense, Maranhão, Brasil. Os objetivos específicos são selecionar os topônimos desses municípios; identificar as motivações das denominações e classificá-las de acordo com as taxonomias, subdividindo-os nos dois grupos classificatórios: topônimos de natureza física, relacionados ao meio ambiente natural, topônimos de natureza antropocultural, relacionados aos aspectos culturais do homem. O método de abordagem da pesquisa é qualiquantitativo, com procedimentos bibliográficos documentais, e tem como base a teoria de Dick (1990; 1992). Dos resultados já depreendidos no município de Junco do Maranhão, foram categorizados 54 topônimos. Dentre eles, observam-se com maior recorrência 12 fitotopônimos, ligados à natureza vegetal e 12 hagiotopônimos, que acionam nomes de santos e de santas; quanto à etimologia, predomina o latim com 22 topônimos; a estrutura morfológica revela-se simples, totalizando 27 topônimos. Por sua vez, em Maracaçumé foram categorizados 49 topônimos, sendo que a predominância foi de fitotopônimos (09). Percebeu-se ainda como características toponímicas desses municípios a presença dos elementos geográficos “quadra” designando extensões de terra na zona rural e “igarapé”, frequente na região Norte, designando cursos d’água como riacho, ribeirão e córrego. Esses dados linguísticos reforçam a ideia de que o Estado do Maranhão se caracteriza como uma zona de transição entre a região Amazônica e o Nordeste. Conclui-se ainda que os topônimos que acionam a natureza física são mais recorrentes; que a etimologia que mais aparece é o latim; e que a estrutura morfológica simples predomina.
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