A avaliação em larga escala é atualmente considerada uma estratégia de cunho político-administrativo para verificar e contribuir para a qualidade do ensino. A partir de 1990, o governo federal lançou programas a fim de avaliar os alunos em nível nacional. Seguindo essa tendência, lideranças municipais e estaduais começaram a desenvolver avaliações que tinham esse mesmo objetivo. No presente trabalho, objetiva-se discutir esse tipo de avaliação e os processos cognitivos de leitura imbricados nela. A metodologia de análise parte da coleta de dados de uma Prova de Língua Portuguesa da Prefeitura do Rio de Janeiro, considerada uma avaliação em larga escala dentro dessa rede de ensino. A Prova é analisada, com vistas a discutir os objetivos de sua criação em associação com a política avaliativa de larga escala. Consoante a isso, com base em Camara (2016), analisa-se o que os resultados do exame refletem quanto aos processos cognitivos de leitura realizados pelos estudantes. A pesquisa permitirá retratar visões sobre as avaliações em larga escala, ancoradas em Martins (2016),  apresentando conhecimento técnico sobre esse modelo de avaliação, bem como discutindo a questão da situalidade, o fato de que essas avaliações são elaboradas para um perfil genérico de aluno, sendo necessário validar os processos cognitivos individuais diversos para compreensão dos resultados. Assim, a importância do trabalho justifica-se na possibilidade de debate acerca de um modelo de avaliação presente na Educação do país, e na compreensão das implicações cognitivas associadas a resultados considerados negativos. As conclusões da pesquisa consideram que as avaliações em larga escala podem ser um parâmetro para as mediações de leitura ao aprendizado do aluno por parte do professor, e, por isso, demonstram-se, ainda nesse trabalho, sugestões para a minimização de uma das dificuldades verificadas nos resultados colhidos.