Integrante e vinculado ao GEPEFOP – Grupo de Estudos e Pesquisa em formação de professores – o trabalho apresenta reflexões sobre a pesquisa-ação em sala de aula, como uma metodologia para a interferência no processo de ensino-aprendizagem de forma inovadora, formalizada e como elemento indispensável para a constituição do professor-pesquisador e da superação dos papeis de ensino e pesquisa historicamente atribuídos aos docentes das escolas e das universidades (ZEICHENER 1998). A cisão entre as duas categorias de profissionais acaba gerando um “fosso” na relação entre o ensino e as reflexões sobre ele, tanto nas escolas quanto nas universidades. No trabalho, serão apresentados os pressupostos da pesquisa-ação expostos por Engel (2000), o qual apresenta um detalhamento sobre a exequibilidade da realização de deste tipo de pesquisa em sala de aula, a partir de oito elementos. No acompanhamento de trabalhos de pesquisa-ação realizados nas séries iniciais de um município do Oeste do Paraná, observou-se que os pressupostos elencados pelo autor são condizentes e relevantes com a proposta de pesquisa-ação, mas que é pertinente a adaptação de alguns dos elementos para que a formalização da proposta de pesquisa seja mais exequível para o desenvolvimento de atividades de pesquisa no cotidiano escolar. Ainda, destaca-se a necessidade de formação continuada sobre os aspectos que envolvem a formalização da pesquisa, as concepções de linguagem e letramento e as interferências pedagógicas realizadas a partir das pesquisas. Espera-se contribuir com as reflexões sobre o ensino de Língua Portuguesa, especificamente, na relação entre concepção de linguagem e letramento e seus encaminhamentos pedagógicos nos diferentes níveis de ensino.