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| Oralidade e hipertexto: reflexões sobre os processos de leitura e escrita | Autores: Cristiano Lessa de Oliveira (IFAL - Instituto Federal de Alagoas) ; Erijane da Silva Virtuoso (IFAL - Instituto Federal de Alagoas) ; Juliene Marta da Silva (IFAL - Instituto Federal de Alagoas) |
Resumo: Este trabalho objetiva discutir questões relacionadas à natureza dos textos construídos no ciberespaço, os hipertextos, apresentando não somente seus traços de não linearidade, de volatilidade, de espacialidade, de fragmentariedade, de multissemiose, mas também suas características de interatividade, intertextualidade, conectividade e virtualidade. Baseando-se em pesquisadores contemporâneos que entendem que o hipertexto se materializa a partir da integração de elementos próprios da oralidade e da escrita (OLIVEIRA ANDRADE, 2005; XAVIER, 2000, 2010; KOCH, 2014), pretende-se refletir acerca dos processos de leitura e escrita, já que o hipertexto se apresenta de maneira híbrida, dinâmica e flexível, dialogando com outros traços semióticos, o que provoca, certamente, um impacto perceptual-cognitivo significativo no processamento do ato de ler (XAVIER, 2010). Para realizar tal ação, buscam-se fundamentos metodológicos de base qualitativa, uma vez que o interesse é interpretar a situação em estudo, havendo uma flexibilidade na sua conduta, bem como seguir uma orientação que objetiva focar o processo e não o resultado (MOREIRA, 2002). Além disso, destacam-se estudos que apontam para o papel que os links exercem na construção de sentido em textos virtuais, desempenhando importantes funções como a dêitica, a coesiva e a cognitiva (KOCH, 2014; CAVALCANTE, 2010). Nesse contexto, faz-se necessário realizar uma reflexão sobre o afogamento do hiperleitor no universo de informações, como postulado por Xavier (2010), uma vez que o hipertexto favorece uma multiplicidade de caminhos a serem seguidos durante sua leitura. Portanto, cabe aos estudiosos da linguagem, mais particularmente àqueles que se dediquem aos processos de leitura e escrita, entenderem a complexidade que envolve a produção de sentido no hipertexto, já que ele viabiliza a fusão de vários aportes sígnicos em uma mesma superfície de leitura, constituindo-se um espaço multimodal por natureza.
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