O trabalho a ser apresentado trata-se de alguns dados levantados do projeto de pesquisa “Atlas Toponímico do Estado do Maranhão – ATEMA: Mesorregião Sul Maranhense”. A apresentação baseia-se no resultado de dados toponímicos do município de Estreito, situado na microrregião de Porto Franco. O propósito é apresentar os fenômenos do campo da Onomástica, o estudo dos nomes próprios, especificamente da Toponímia, o estudo dos nomes próprios de lugares, neste trabalho, do léxico deste município. A história de Estreito caracteriza-se primeiramente pela presença do rio Tocantins como fonte de desenvolvimento, já que só era possível a comunicação por via fluvial; em seguida, com o surgimento da estrada Belém-Brasília, responsável pelo seu crescimento socioeconômico, o que alavancou o surgimento de inúmeros acidentes humanos e, consequentemente, o aumento da toponímia não somente urbana, como também rural. A metodologia adotada é inspirada em Dauzat (1957), como afirma Castro (2017, p.123), cujas orientações sugerem suprir parcialmente a falta recursos de informação pelo método da geografia linguística, complementado este com a história; e Dick (1990; 1992) que contribui com um conjunto de classificações taxonômicas que ajudam revelar a motivação dos topônimos. Assim, numa perspectiva multidisciplinar, envolve, além da literatura pertinente ao tema, livros de história, dicionários corográficos e onomásticos-etimológicos, bem como o uso de tabelas em Excel para a tabulação dos dados e do software CorelDraw para criação dos mapas. O objetivo de nosso trabalho é apresentar as características do processo de nomeação e da motivação do conjunto lexical desse município cuja análise insere-se no mapeamento do ATEMA. Esta pesquisa aponta, assim como a de outros municípios desta microrregião, que para a nomeação dos lugares os habitantes sofrem maior influência da vegetação da região, assim prevalecendo em nossas classificações os fitotopônimos, nomes de espécies vegetais.

PALAVRAS-CHAVE: Toponímia. Mapeamento. Estreito. ATEMA.