A REESTRUTURAÇÃO DO QUADRO PRONOMINAL DO PORTUGUÊS BRASILEIRO E SUAS IMPLICAÇÕES NA ALTERNÂNCIA DO PRONOME DE SEGUNDA PESSOA DO SINGULAR NO FALAR PORTUENSE | Autores: Maria Rilda Alves da Silva Martins (IFTO - Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Tocantins) |
Resumo: Neste estudo, objetivamos delinear um quadro das atuais reflexões sobre o sistema pronominal a partir da nova configuração do paradigma de segunda pessoa do singular, bem como, verificar suas implicações na alternância do pronome de segunda pessoa do singular no falar Portuense. Apresentamos a nova configuração do sistema pronominal do português brasileiro, com base em estudos recentes publicados na Gramática do Português Brasileiro, de Mario Perini (2010), nas reflexões de Coelho et al. (2015) e nas de Lopes & Romeu (2007). A partir desses pressupostos, constatamos na nossa amostra piloto, que a forma reta você é usada em concorrência com a variante cê; com o pronome tu, com a forma oblíqua te; com os pronomes possessivos teus e seu, indiferentemente, para se referir a segunda pessoa do singular. Segundo Lopes & Romeu (2007), a partir migração do pronome você de 3ª pessoa do singular (P3) para a segunda pessoa do singular (P2), outras possibilidades de uso surgem com essa mudança, modificando não apenas o paradigma dos pronomes retos e a concordância verbal, mas também provocando mudanças em cadeia que atingem, assim, outros subsistemas pronominais. Esta pesquisa foi fundamentada com base nos pressupostos teóricos e metodológicos da sociolinguística variacionista, (LABOV, 1972 [2008]). Para a composição da amostra, selecionamos 36 falantes estratificados conforme as faixas etárias de dezoito (18) a trinta e cinco (35) anos, de trinta e seis (36) a cinquenta e cinco (55) anos e mais de cinquenta e cinco (55) anos de idade, com níveis de escolaridade Fundamental (completo e incompleto), Ensino Médio e Ensino Superior de ambos os sexos: feminino e masculino. Para a realização das análises quantitativas dos dados, utilizamos o programa computacional GOLDVARB X. A pesquisa foi realizada entre 2015 e 2017, na comunidade urbana de Porto Nacional – Tocantins, região norte do Brasil.
Agência de fomento: IFTO E UFPA |
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