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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


A linguagem no idoso: a "parente pobre" nos projetos destinados a estudar o envelhecimento?

Autores:
Pinto, Maria da Graça (FLUP-UP - Faculdade de Letras da Universidade do Porto)

Resumo:

Que se espera de um especialista na área da linguagem quando se fala em envelhecimento?

Como deve este atuar de forma a que a sua intervenção ganhe visibilidade e seja motivadora de algum equacionamento por parte de quem é mentor de projetos que objetivem melhorar a qualidade de vida da população idosa?

Na medida em que, na generalidade, não sobressai nesses projetos, que são especialmente de áreas relacionadas com a saúde, qualquer preocupação particular com o que se passa na linguagem em fases mais avançadas da vida, resta acreditar que o resultado das intervenções provindas das nossas áreas sejam convincentes para que as atitudes se alterem sem grandes delongas. Importa, pois, trabalhar a linguagem na população idosa, porquanto se trata de uma habilidade que, porque não subsiste isoladamente, tanto pode ser desestabilizada por outras cujo funcionamento é passível de sofrer perturbações com o envelhecimento, como poderá concorrer para que a afetação destas manifeste graus menos acentuados.  

Com base nos autores consultados e nos resultados obtidos, pretende-se com esta comunicação lembrar o que deve ser feito ao longo da existência a fim de que o inevitável declínio, que se verificará também na linguagem, venha a ser procrastinado.

O percurso aqui proposto sublinha o papel de atividades de labor ou de lazer na permanência do controle cognitivo e na atuação de atos mais voluntários que evitem naturalmente a persistência de automatismos que só contribuem para a estagnação.