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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


LAMENTOS: IDEOLOGIA E IDENTIDADE NACIONAL NA LUSOFONIA ANGOLA E BRASIL

Autores:
Patrícia Martins Mafra (PUC SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)

Resumo:

Busca-se por meio deste artigo refletir sobre questões identitárias e ideológicas de nações lusófonas.  No que diz respeito à lusofonia, de acordo com Bastos (2013), podemos definir como um conjunto de sujeitos que utilizam a língua portuguesa para a comunicação e que apresentam, assim, aspectos que evidenciam uma formação social europeia/portuguesa, fundadora de toda cultura que se apresenta tecida pela interculturalidade e mesclada em sua multiculturalidade. Dessa forma, elementos que definem a identidade nacional na lusofonia, especificamente nas nações de Angola e do Brasil, serão analisados, a fim de responder os seguintes questionamentos: As ideologias marcadas nos textos expressam a opressão do colonizador? Há marcas de identidade nacional nas canções analisadas? Para tanto, especificamente, elegemos como recorte duas canções que expressam lamentos nos países lusófonos Angola e Brasil sendo: Monangambé, de Angola, letra de António Jacinto e música de Rui Mingas, de 1962 e O lamento da lavadeira, do Brasil, de Monsueto Campos Menezes em parceria com Nilo Chagas e João Violão, em 1956. Ambas as canções são marcadas por contextos sócio-histórico-políticos semelhantes, apesar de Angola, ainda, pertencer a um processo de colonização tardia e o Brasil estar independente da colônia há mais de 130 anos.  Há a consideração, de acordo com Pêcheux (1990), que a produção e interpretação dos discursos são influenciadas por representações dos lugares dos interlocutores e dos pontos de vista sobre os temas que esses lugares permitem que os participantes da interação assumam. Para tanto utilizaremos a teorias da Análise do Discurso de linha francesa nos pressupostos teóricos de Pêcheux (1990), no que diz respeito à ideologia, e Historiografia Linguística e Lusofonia em questões culturais e identitárias nos estudos de Bauman (2005) Bastos (2013) e Hall (2015).


Agência de fomento:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES)