Ensino de Língua Portuguesa para alunos surdos: desafios para a formação do professor | Autores: José Carlos de Oliveira (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) |
Resumo: A formação do professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para surdos aparece nos discursos a partir da publicação do Decreto 5626/2005 e mais precisamente, do lançamento do Plano Viver Sem Limites (Decreto 7611/2011), que dispõem sobre o ensino de língua portuguesa para surdos e apresenta medidas para a inclusão social e educacional de pessoas surdas. O aprendizado da Língua Brasileira de Sinais – Libras, o desconhecimento de metodologias específicas para o ensino de língua portuguesa como segunda língua, e das peculiaridades do sujeito surdo como sujeito cultural, entre outros aspectos, se constituem em desafios para a formação docente para a área. No presente trabalho, o tema tornou-se objeto de reflexão a partir de reflexões sobre a minha própria prática como docente em sala de aula com alunos surdos, de experiências compartilhadas em cursos de formação continuada, em congressos e de achados bibliográficos. O quadro teórico metodológico desse estudo se inscreve em pressupostos, concepções, abordagens e discussões de autores como: Gerald (1993), Quadros e Shimiedt (2006), Oliveira (2014) entre outros. Como resultado, observou-se que o processo de formação docente para esse fim específico, carece de estruturação para enfrentar os desafios implicados pelas políticas educacionais inerentes à área de educação de surdos, considerando não só a necessidade do domínio da Língua Brasileira de Sinais – Libras pelos formando e o conhecimento do modo de aprender essencialmente visual, do aluno surdo, mas também a reformulação dos cursos de graduação para esse fim específico como forma de garantir aos formandos formação compatível que satisfaça as reais necessidades de aprendizagem da língua portuguesa por alunos surdos.
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