Políticas Linguísticas e Práticas Pedagógicas: faces e interfaces entre o dito, o pretendido e o (re)feito em uma escola bilíngue para surdos | Autores: Milene Galvão Bueno (UNB - Universidade de Brasília) ; Kléber Aparecido da Silva (UNB - Universidade de Brasília) |
Resumo: Tendo a Libras como L1 e o Português escrito como L2, esta pesquisa qualitativa de cunho etnográfica embasada por Lükde & André (1986), Maison (1996) e Flick (2009), tem como objetivo refletir criticamente sobre os meios teóricos e as práticas pedagógicas adotadas no fazer diário de uma sala de aula em uma escola bilíngue e se tal prática pedagógica está de acordo com as políticas linguísticas públicas voltadas para o aluno surdo. Sendo assim, buscamos analisar o projeto político pedagógico à luz das leis que norteiam caminhos para um modelo bilíngue sob os aspectos do dito, do pretendido e do refeito. Para isso, a construção do pressuposto teórico metodológico se dará pela retomada da história da educação de surdos no Brasil, mostrando toda a trajetória de lutas e conquistas políticas e culturais desses indivíduos. E partindo disso, pretendemos apresentar um levantamento de políticas linguísticas que norteiam caminhos para um modelo de educação bilíngue e suas contribuições, como a Lei da Libras (2002), bem como o Decreto 5.626/05, Lei da Inclusão – PNE (2014), e por fim, a Base Nacional Comum Curricular (2018). Dado isso, recorremos à análise de dados coletados à luz de teóricos no campo da educação de surdos, valendo-nos da linguística aplicada crítica dentre outras categorias teórico-metodológicas. A partir desses estudos, pretendemos averiguar se há discrepâncias ou não entre as concepções teóricas e as práticas que efetivamente acontecem na unidade de ensino em foco e, conforme o constatado, ou seja, se o resultado apontar divergências, pleiteamos alvitrar alguns encaminhamentos para possíveis adequações tanto nos documentos oficiais analisados quanto na prática escolar.
Agência de fomento: CAPES |
|