Este trabalho tem como proposta discorrer sobre o processo de incorporação das tecnologias de informação e comunicação aos processos de ensino, sob a implicância do aporte teórico da Teoria Histórico-Cultural à prática docente. Considerando que a última reforma educacional enfatiza a necessidade de construção de um perfil docente para as novas gerações envoltas nas grandes mudanças tecnológicas verifica-se, contudo, que mais duas décadas depois, por vezes, os educadores brasileiros veem-se em xeque com sua formação e sobre como instrumentalizar ou potencializar o ensino atribuindo novas configurações para a relação em sala de aula. A democratização do processo de aquisição de recursos tecnológicos, no entanto, não ocorreu na mesma velocidade das políticas públicas de inclusão digital de professores e alunos. Por mais que em muitas escolas os professores possuam seus próprios dispositivos, como notebooks, tablets e smartphones, bem como, em alguns casos, escolas contem com lousas digitais, projetores e internet wi-fi, muitos docentes não são tão adeptos dessa utilização, por variados motivos. Diante da necessidade de construção e consolidação de novas formas de aprender e, principalmente, de conciliar saberes, a pesquisa científica pode trazer, de forma efetiva, contribuições para esse processo. Os pressupostos teóricos da Teoria Histórico-Cultural têm colaborado de forma substancial para a discussão acerca da atuação docente no último século, como também, têm causado impactos significativos sobre a escola e o entendimento dos papéis dos indivíduos por ela abrangidos. Isto posto, a partir de uma abordagem metodológica qualitativa e com uma escrita de cunho revisional bibliográfico, esta escrita estabeleceu-se uma análise a partir da qual foi possível compreender a complexidade dos processos psíquicos subjacentes a uma práxis que busque considerar o contexto sócio-histórico da escola na atualidade face a um mundo conectado e mediado pelas tecnologias.