A Violência como regularidade enunciativa de corpos sociais na história do presente | Autores: Cleudemar Alves Fernandes (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) |
Resumo: Na atualidade, assistimos a constantes práticas discursivas caracterizadas por violência produzidas e/ou disseminadas por redes sociotécnicas, como Facebook, twitter, blogs, sites de informação, etc. Diante de tais e tantas ocorrências, levantamos a hipótese de que essas produções de violência configuram-se como uma regularidade enunciativa característica de um corpo social inscrito na história do presente, sendo que as ações aparentemente individuais deslocam do indivíduo e firmam-se em uma coletividade, da qual emergem. A esse corpo social promotor da violência, sobre o qual discorreremos, ajuntam-se integrantes de partidos políticos e/ou ideológicos, referências ao sistema jurídico brasileiro e à polícia, e também a presença de supostos membros de religiões. Nos cidadãos em geral, assistimos a uma ligação do inconsciente com a ideologia (ideologia de gênero, de raça, de classe social, etc.) que intenta promover segregações. Diante disso, procederemos a um levantamento de discursos caracterizados como prática de violência, com o objetivo de analisá-los vislumbrando a explicitar os posicionamentos dos sujeitos a eles vinculados, sua inscrição na história tendo em vistas a memória discursiva que possibilita sua produção e funcionamento, visando a confirmar nossa hipótese de que se trata de uma regularidade característica de um corpo social heterogêneo disperso e atuante na sociedade brasileira, no presente. Esses discursos funcionam também como prática de subjetivação, sendo os sujeitos efeitos de uma subjetividade de natureza coletiva, historicamente produzida.
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