Análise dos fundamentos da Pedagogia Histórico-Crítica utilizados nas DCEs do Paraná de Língua Portuguesa | Autores: Debora Cristine Trindade Zank (UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná) |
Resumo: EEm 2008, tendo como governador Roberto Requião, foram implementadas as Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná- DCEs, com a promessa de superação das políticas neoliberiais dispostas nos governos anteriores (MIRANDOLA, 2012). No que se refere as DCEs de Língua Portuguesa (PARANÁ, 2008) é mister afirmar que tem como base teórica as concepções de Bakhtin sobre linguagem priorizando o trabalho centrado nos gêneros discursivos, bem como a fundamentação da Pedagogia Histórico-Crítica (PHC) postulada especialmente na preocupação com a retomada dos conteúdos e dos conhecimentos científicos, como por exemplo, das habilidades de leitura, escrita, oralidade e análise linguística (objeto de estudo deste simpósio). Em linhas gerais, as DCEs organizam um currículo como configurador da prática, vinculado às teorias críticas, propondo formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico e que pelo acesso ao conhecimento possam participar ativamente e transformar a sociedade (LUNARDELLI, 2016). Um dos questionamentos sobre a utilização de teorias críticas como a PHC como fundamento das DCEs é a de como um estado, em geral conservador e organizado pelas classes dominantes (ORSO,2008) pode ou requer utilizar uma pedagogia de cunho revolucionário, já que dentre seus princípios básicos está a instrumentalização da classe trabalhadora do conhecimento historicamente acumulado como princípio para a transformação da sociedade (SAVIANI, 2003). Este trabalho pretende fazer uma breve discussão referente a utilização da PHC enquanto proposta pedagógica do estado buscando compreender quais os reais motivos que o levaram a adotar seus fundamentos, trajetória e resultados(TONIDANDEL; ORSO, 2012).
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