Esta pesquisa analisa a comunicação e aquisição de linguagem da criança surda, filha de pais ouvintes, falantes da língua portuguesa. Utiliza como referencial teórico discussões sobre teorias de aquisição de linguagem por surdos. A metodologia aplicada foi a aplicação de um questionário, a fim de investigar a história do convívio familiar, os fatores linguísticos e do aprendizado, após o diagnóstico de surdez da criança. Esse questionário foi respondido por pais ouvintes de alunos surdos do curso de Letras-Libras, do Departamento de Letras-Libras (Deli), da Universidade Federal de Sergipe. O objetivo é saber o posicionamento dos pais acerca do processo de aquisição de linguagem, referente a Língua de Sinais Brasileira (LIBRAS) e a Língua Portuguesa, de seus filhos surdos, desde o diagnóstico da surdez, passando pelo processo de desenvolvimento cognitivo até sua repercussão na vida acadêmica. Carlos Sánchez, em uma das suas propostas afirma que, a criança surda deve ter contato o mais cedo possível com a Língua de Sinais, assim como uma criança ouvinte precisa ter contato com uma língua oral até os 5 anos, sem comprometer seu instrumento cerebral de linguagem de maneira significativa. Em conformidade com os autores e pesquisas visitadas, compreende-se a necessidade do uso da Língua de Sinais da criança surda para uma comunicação eficiente com seus pais e uma educação bilíngue para se desenvolverem linguisticamente, e mais cedo, de maneira saudável, racional e satisfatória, principalmente para o surdo.