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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


ESTUDO DE CLÍTICOS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO NA PERSPECTIVA DA LINGUÍSTICA FUNCIONAL

Autores:
Claudia Sales de Oliveira (UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA) ; Elisa Francisca da Silva Neta (UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA) ; Humberto Sousa Alves (UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA)

Resumo:

Os pronomes átonos, no português brasileiro (doravante PB), têm sido objeto de discussão e de investigação para muitos pesquisadores, no tocante ao seu uso, não só do ponto de vista gramatical, mas também do ponto de vista discursivo. Desenvolvendo uma reflexão, a partir de um estudo bibliográfico e qualitativo, discutimos noções de prototipicidade, transitividade oracional (HOPPER e THOMPSON, 1980), relevância discursiva (MATOS, 2008), entre outros do funcionalismo, como a topicalização, como objetivo explicar o uso dos clíticos, levando em consideração trabalhos como os de Matos (2008); Lemos (2015), e, mais especificamente, sobre os clíticos de 3ª pessoa, na função acusativa em estudos realizados por Saraiva (2008); Vanderlei (2014), no PB. Matos (2008), buscando compreender o uso do pronome lhe, considerou, além da perspectiva gramatical, a discursiva; Saraiva (2008), abordando o uso dos clíticos em textos jornalísticos e registros de fala, estudou aspectos como a colocação pronominal e o apagamento dos clíticos; Vanderlei (2014) realizou um estudo sobre os pronomes oblíquos o(s), a(s), me, te, desenvolvendo uma análise que parte da gramática tradicional a uma abordagem discursiva dos usos desses pronomes; Lemos (2015) desenvolveu uma reflexão sobre o uso prototípico do pronome te, bem como suas manifestações não regulares. Considerando que os pronomes desempenham um relevante papel na construção discursiva dos textos, os autores em análise são unânimes em destacar a importância de se levar em conta nos estudos dos usos dos clíticos no PB, aspectos como transitividade oracional, prototipicidade, relevância discursiva entre outros. Quanto à abordagem do clítico acusativo de 3ª pessoa, os resultados apontados pelos pesquisadores mostraram a próclise como colocação predominante (SARAIVA, 2008) e indícios de oralidade, mormente, pelo uso dos pronomes tônicos ele(s) e ela(s), exercendo função acusativa (VANDERLEI, 2014).


Agência de fomento:
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA UFPB