AQUISIÇÃO DE LEITURA E ESCRITA (LETRAMENTOS) DE ALUNO SURDO COMO SEGUNDA LÍNGUA: A DISCURSIVIDADE DOS AGENTES LETRADORES | Autores: Jackeline Cabral Loureiro de Almeida (UNEMAT - Universidade do Estado do Mato Grosso) |
Resumo: A inclusão do aluno Surdo no ensino regular tem sido alvo de inúmeras discordâncias tanto por Surdos quanto por ouvintes por causa da sua especificidade linguística. Com a publicação da Declaração de Salamanca nos anos 90 do século XX, que postula diferentes pontos sobre a inclusão de pessoas deficientes em escola regular, e esta recebe entre eles os alunos Surdos, assume para si, a responsabilidade na educação dos mesmos. Diante disto temos como objetivo apresentar os efeitos de sentidos, por meio da discursividade dos professores de sala regular, professores da sala de recursos multifuncionais (SRM) e intérpretes da língua de sinais das escolas públicas da cidade de Sinop, localizada ao norte do estado do Mato Grosso, como ocorre a aquisição da língua portuguesa como segunda língua (L2) para o aluno Surdo. Diante do exposto permearam esta proposta às questões teóricas, metodológicas e analíticas, a Análise do Discurso Materialista Histórica, tendo como principais precursores Michel Pêcheux, Eni Orlandi, entre outros; Estudiosos e pesquisadores renomados da língua de sinais (LS), tais como: como Carlos Skliar, Ronice Quadros, Sueli Fernandes e outros; no letramento Magda Soares, Leda Tfouni, Emília Ferreiro, Roxane Rojo. Nos efeitos de sentidos encontrados, observou-se que a aquisição da leitura/escrita dos alunos Surdos ocorrem parcialmente e lentamente. Percebemos que os professores desconhecem a língua brasileira de sinais (LIBRAS) e têm grande dificuldade em trabalhar a língua portuguesa com o aluno Surdo. Essa falta de conhecimento gera insegurança e insatisfação profissional por não alcançarem, muitas vezes, os objetivos, mas, ao mesmo tempo, motiva-os a buscarem recursos para atender seus alunos dentro do possível. Embora os professores busquem melhorias no atendimento, eles consideram que o Estado é o maior responsável pela falta de conhecimento dos profissionais, da inclusão dos Surdos, e, principalmente da inclusão do corpo docente nas escolas ao mundo Surdo.
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