CONSIDERAÇÕES PARCIAIS SOBRE O APAGAMENTO E O RESSURGIMENTO DO GALEGO NA ORIGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA NOS SÉCULOS XVI E XIX | Autores: Thiago Zilio Passerini (PUCSP - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO) |
Resumo: O lugar do galego na história da língua portuguesa vem sendo amplamente debatido por diversos pesquisadores, dentre eles Coseriu (1987), Monteagudo (1999), Lagares (2008; 2011a; 2011b), Bagno (2012) e Faraco (2016). As candentes discussões acerca do tema motivaram nossa pesquisa de mestrado, cujo problema está baseado na seguinte questão: qual seria a relação entre o clima de opinião e os processos de apagamento e ressurgimento do galego na origem do português, contada nos séculos XVI e XIX? Com base nos pressupostos teóricos propostos por Swiggers (1990; 2009; 2012), Auroux (1992), Koerner (1996; 2014), Bastos & Palma (2004), Altman (2009; 2012), Batista (2013) e Bastos & Batista (2016), propomos apresentar a análise historiográfica de dois corpora: o primeiro com textos do século XVI, extraídos da Grammatica da lingoagem portuguesa, de Fernão de Oliveira (1536), da Grammatica da língua portuguesa, de João de Barros (1540) e do Diálogo em louvor da nossa linguagem, de João de Barros (1540), e o segundo com textos do século XIX, extraídos de A língua portugueza: noções de glottologia geral e especial portugueza, de Adolfo Coelho (1887), da Revista Lusitana - artigo: Historia de la literatura gallega, por Augusto G. Besada” -, de Leite de Vasconcellos (1887-1889), e de Lições de filologia portuguesa, de Carolina Michaelis de Vasconcellos (1956[1911-12]). O trabalho analítico empreendido visa ao levantamento de hipóteses sobre os fatores que levaram ao apagamento do galego, no século XVI, e ao seu ressurgimento, no século XIX, sob as formas “português-galego”, “língua gallecio-portugueza” ou “galego-português”.
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