Este trabalho tem como objetivo a compreensão do uso do gênero Elogio, cultivado no Brasil Colonial, por meio de três elogios a Marquês de Pombal (Marquez de Pombal), publicados em 1768, por autores anônimos, sendo um manuscrito e dois impressos. São textos escritos em prosa, com variação de 10 a 60 páginas; eles pertencem à Coleção Alberto Lamego e estão no Arquivo IEB-USP, correspondendo aos códices de números 1701, 1702 e 1703. O gênero Elogio foi amplamente escrito no Brasil Colônia, como é também documentado por José Aderaldo Castello, na obra O Movimento Academicista no Brasil 1641-1820/22. Nas documentações de Castello, há ocorrências de composições poéticas em verso, em latim, e em prosa, em português. Dessa forma, uma das propostas de estudo desse gênero é compreendê-lo como ressignificação da proposta genérica de Aristóteles, na Arte Retórica, em três divisões: Gênero Demonstrativo ou Epidítico; Gênero Deliberativo e Gênero Judiciário. Sendo assim, o Elogio corresponde ao gênero epidítico, destinado ao louvor. Conseguintemente, na América Portuguesa, havia o cultivo de Atos Acadêmicos/Sessões Literárias em homenagem a figuras de projeção. Assim, a importância de (re)visitar essas composições é entender os fundamentos da Literatura Brasileira, que remontam à cultura greco-latina, de forma que as influências clássicas vieram de Portugal, propagando-se num momento em que não havia uma identidiade nacional nas produções literárias.