Este trabalho surge de um processo de reflexão realizado após um ano de experiência como professor responsável pela disciplina de leitura no distrito de Gardênia, município de Rancharia - SP. Em primeiro lugar, me parece importante compreender as aulas de leitura como uma prática social necessária, uma atividade rica, transformadora, prazerosa, interativa; que constrói sentidos, que é capaz de divertir, entreter, ensinar e informar os alunos. Em segundo lugar, busco compreender também como o ensino de leitura nas escolas requer que sejam vivenciadas e elaboradas diferentes práticas de leitura – escrita, de modo que, estas contribuam para a construção de um processo de letramento (SOARES, 2011). Assim, meu objetivo durante as aulas, por um lado consistia em despertar nos alunos o prazer pela leitura e por outro ofertar-lhes uma formação cidadã-crítica. Desse modo, durante o ano de 2017, amparo-me na literatura infantil e infanto-juvenil como um aporte para a discussão sobre a diversidade cultural, étnica-racial e social. Apoio-me também nas contribuições dada por Nóvoa (2001) e Pimenta (1997) acerca da formação de professores e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1997), principalmente em seus temas transversais. Para a elaboração do texto aqui apresentado utilizo a análise documental, dos referidos documentos citados, os diários de aula, como instrumento de coleta de dados, e ilustro a discussão realizada com uma atividade realizada em aula. Trago como resultados algumas considerações acerca da estrutura do projeto e da participação da escola, no entanto, questiono-me também como forma de proposições futuras, sobre a prática de contação de histórias utilizada durante os encontros como recurso principal da prática leitora. Por fim, espero após a apresentação do projeto e das práticas realizadas suscitar questionamentos acerca da formação do professor de letras e seus conhecimentos, no que concerne à prática de leitura.