Conquistar os sujeitos escreventes para o comprometimento com a palavra, estimular estudantes de Letras a descobrirem a interdisciplinaridade como uma aliada para as aulas de Língua Portuguesa, atentar para uma metodologia de ensino que favoreça o protagonismo dos acadêmicos e a vivência do ensino dialógico são alguns dos desafios que enfrentamos como docentes dos cursos de licenciatura. A academia, há anos, já adota o discurso de que o ensino deve ser mais dinâmico e envolvente, que o professor deve ser um mediador da aprendizagem. Todavia, quando andamos pelos corredores do ensino superior, nos perguntamos sobre o porquê da distância entre o que solicitamos aos acadêmicos, futuros docentes, e a forma como planejamos e ministramos nossas aulas. Certamente, estamos diante de um punhado de amendoins que esperam pela degustação! Engajados na ideia de uma educação focada na vivência de aprendizagens significativas, apresentaremos reflexões sobre a metodologia "dos amendoins literários" adotada nos encontros dos acadêmicos partícipes do programa Residência Pedagógica subgrupo de Língua Portuguesa na nossa IES.  Incentivamos a participação ativa e uma abordagem temática transversal, na qual o professor assume o papel de mediador das reflexões. A metodologia dos "amendoins literários" parte da leitura de um texto literário e transforma-se em uma conversa dialógica sobre diferentes temas do cotidiano, buscando-se soluções conjuntas para situações que, à primeira vista, parecem problemas complexos. Mostraremos que, através de pequenas mudanças no nosso jeito de ensinar e alguns toques de criatividade, podemos promover aulas interativas e reflexivas. A pesquisa baseia-se em observações nos encontros dos residentes de Língua Portuguesa, na aplicação e análise da metodologia dos amendoins literários e nos dados coletados com acadêmicos através da estratégia do grupo focal. O compartilhamento da pesquisa provocará perguntas e será um convite para o trabalho diferenciado na educação básica e no ensino superior.