Estudos acerca do processo de escritura vêm se dedicando a compreender a riqueza lexical presente nos textos de alunos da educação básica. A riqueza lexical pode ser avaliada através de alguns indicadores linguísticos como i) Densidade Lexical (DeL), que representa a concentração de informação presente no texto e a ii) Diversidade lexical (DiL) que representa a variedade de palavras presentes no texto. Esses indicadores são consolidados na literatura devido a sua confiabilidade (Ure, 1971; Halliday, 1985; Read, 2000). Porém, é possível observar um pequeno número de trabalhos que investigam essa temática em textos de alunos recém-alfabetizados. Diante disso, propomos investigar como esses indicadores se comportam em produções textuais escritas por duplas de alunos recém-alfabetizados com faixa etária de 7 a 8 anos de duas nacionalidades: Brasileira e Portuguesa. Para isso, foram realizadas 6 propostas de produção textual. Em todas as propostas os alunos eram solicitados a escrever em dupla uma narrativa ficcional. Em ambos os países, os professores seguiram o mesmo protocolo de coleta de dados. Para medir a DiL, foi utilizada a fórmula da TTR calculada através da razão do número de palavras diferentes (types) pelo número total de palavras (tokens). Para calcular a DeL, foi dividido o número total de itens lexicais pelo total de palavras escritas no texto. Desta forma, os resultados preliminares deste estudo indicaram que os alunos portugueses apresentaram medidas de DeL e DiL maiores que os alunos brasileiros. Vale ressaltar que este estudo está em andamento e que os resultados obtidos permitirão desenvolver um conhecimento de caráter logitudinal, contrastivo, qualitativo e quantitativo acerca da riqueza lexical presente nas produções textuais desses alunos.