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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


Estudo da morfologia verbal do imperativo: o fenômeno do uso de formas variantes.

Autores:
Gisela Sequini Favaro (UNESP/ARARAQUARA - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquisa Filho")

Resumo:

Este trabalho objetiva realizar a análise da estrutura morfológica no processo da flexão verbal das formas imperativas em Português Brasileiro (PB), a partir de dados coletados no Corpus do Português, com a finalidade de mostrar que os paradigmas retratados nos estudos tradicionais não revelam as especificidades reais do sistema da flexão verbal do PB. Após a coleta dos dados, são analisadas as estruturas morfológicas das formas verbais imperativas encontradas, tendo como embasamento teórico as reflexões desenvolvidas por Wiese (2003), que aborda o estudo da morfologia sob o aspecto do paradigma a partir de estudos já postulados por Metthews (1974). Verificamos que as formas denominadas de imperativas são formadas, em grande parte dos verbos, pelo tema (radical + vogal temática), p.ex: vend-a, ou somente pelo radical em formas do tipo traz-. É possível notar que não há o acréscimo das desinências de modo-tempo e número pessoa, assim, morforlogicamente, podem ser consideradas formas neutras, não-marcadas, nem finitas e nem infinitas. Em função de serem as formas mais neutras do sistema, elas podem ser utilizadas para expressarem ordens ou comandos dentre as demais opções que são oferecidas aos falantes pelo sistema da língua. Assim, pretendemos analisar o fenômeno da variação entre formas indicativas e subjuntivas, para expressar ordens e pedidos, a partir de uma perspectiva morfológica, visando trazer uma maior compreensão acerca da estrutura do sistema flexional verbal do português atual.

 


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