ESTUDO TOPONÍMICO NO PARQUE SÃO BARTOLOMEU: CACHOEIRAS SAGRADAS. | Autores: Marcos André Queiroz de Lima (UNEB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA) |
Resumo: Considerado a única reserva de Mata Atlântica em área urbana do Brasil, o Parque São Bartolomeu está localizado entre o bairro de Pirajá e a Enseada do Cabrito, no Subúrbio Ferroviário da cidade de Salvador, na Bahia. Visto como um espaço sagrado pelos adeptos do Candomblé, o Parque São Bartolomeu é um lugar muito usado pelo povo de santo para realizar rituais religiosos nas suas águas. A região fora habitada pelos tupinambás. Na segunda metade do século XVI, os jesuítas fundaram a Aldeia de São João Evangelista, próxima ao atual Parque São Bartolomeu. No século XVII, foi palco das lutas contra a invasão holandesa. Posteriormente, passou a ser um abrigo para quilombolas. Em 1826, formou-se lá o Quilombo dos Urubus, dizimado tempos depois. Com grande biodiversidade, o parque abriga cinco cachoeiras (Nanã, Oxum, Oxumaré, Tempo e Escorredeira), pântanos, manguezais , a barragem do Rio do Cobre, além de centenas de espécies vegetais e animais. Com este trabalho, ancorado nos estudos lexicológicos através da Toponímia, pretende-se relacionar os topônimos que nominam as cachoeiras do Parque São Bartolomeu com sua história, pois segundo Dick (1990), um estudo toponímico permite resgatar aspectos da memória social de um povo, sem deixar de considerar o seu contexto histórico, geográfico, social e étnico. A classificação dos topônimos que compõem o corpus seguiu o modelo teórico-metodológico da Lexicologia e da Toponímia adotado por Dick (1990; 1992; 1999; 2006).
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