As avaliações Sistêmicas em Língua Portuguesa constituem-se, no decorrer do tempo, objeto de pesquisa, análise e reflexão em todo o país, pelo fato deste tema ser eleito como um dos pilares para a formulação e o desenvolvimento de políticas públicas. Desta forma, esta pesquisa evidencia principais desafios e avanços vivenciados por professoras de Educação Básica na condição de professoras formadoras em Mato Grosso/Brasil, observando como desenvolvem ações de intervenção pedagógica, utilizando as avaliações externas, bem como as internas, em suas atividades docentes. A pesquisa foi realizada entre os anos de 2016 e 2018 e teve como parâmetro a análise das narrativas destas profissionais em trabalho nos anos de 2012 a 2017. Dentre os objetivos da pesquisa buscamos compreender até que ponto e em que medida as avaliações sistêmicas foram trabalhadas nas atividades docentes e formativas, quais as principais ações desenvolvidas e quais os processos avaliativos internos são base do trabalho dessas profissionais. Buscamos compreender também as diferentes concepções de avaliações instituídas como política pública interna para as escolas públicas estaduais, observando principais movimentos que perpassaram os currículos desde os projetos políticos pedagógicos, até a prática destes no planejamento e nas ações de formação e ação docente. Foi possível evidenciar que, embora haja políticas públicas com foco nas avaliações sistêmicas dos estudantes, com critérios pré-estabelecidos e com dinâmicas próprias para seu desenvolvimento na Educação Básica, nem sempre os resultados destas avaliações são objeto de planejamento e replanejamento nas ações de formação e prática docentes. Evidenciamos também que, especialmente no estado de Mato Grosso, as avaliações internas perpassam por diferentes concepções, desde uma concepção clássica e tradicional, com mensuração ao final de etapas escolares, ou de outras formas e metodologias, envolvendo conceitos ou relatórios descritivos reflexivos, processos que, por vezes, não são totalmente compreendidos pelos profissionais que o desenvolvem, inviabilizando intervenções adequadas.