A Literatura Brasileira, durante o século XIX, será profícua tanto no tocante à produção de obras, quanto ao rol de escritores que se destacarão, a exemplo de Machado de Assis, José de Alencar, Gonçalves Dias, Bernardo Guimarães, Joaquim Manuel de Macedo, Castro Alves, dentre outros. Neste cenário, e com importância análoga aos anteriormente citados, está também inserido o romance A normalista, escrito por Adolfo Caminha, em 1895, cujo enredo aborda a história de Maria do Carmo, uma jovem estudante normalista, tutelada por seus padrinhos, em meio ao contexto educacional brasileiro do fim do século XIX. A obra abarca, assim, não apenas a questão da representação de gênero mas, também, como esta temática se insere em meio a uma série de mudanças no contexto político, econômico e educacional vigente após a promulgação da Lei Áurea, em 1888. Para abordar estes aspectos, serão contemplados, neste trabalho, tanto os estudos da área da História da Educação - Mario Alighiero Manacorda (2010), Dermeval Saviani (2013), Guacira Lopes Louro (2015), Heloísa de O. S. Vilela (2016), Luciano Mendes de Faria Filho (2016) - , como também da Crítica Literária -  Regina Zilberman (2004), Angela Maria Rubel Fanini e Gabrielle Mendes (2014), Massaud Moisés (2016) - .