Esta comunicação visa apresentar, à luz da teoria do gênero textual de Marcuschi (2008), o projeto Jornal IFFolha, desenvolvido no IFFluminense, no Campus Santo Antônio de Pádua. Inseridos na cibercultura, em que se libera o polo da emissão dos praticantes culturais, o Jornal IFFolha confere voz a mais de sessenta participantes, entre alunos e servidores, que leem, escrevem,  dialogam e dirigem suas produções à comunidade externa. Busca-se relatar como um jornal, produzido no âmbito escolar, é capaz de conferir gestos de autoria e empoderamento e corroborar com a inclusão por meio do escrito. A abordagem metodológica do projeto apoia-se nas relações interativas (SILVA, 2000) de construção dos gêneros existentes na esfera jornalística. Voluntários e bolsistas dividem-se em grupos a fim de produzir textos: tecem os fios discursivos com o aprendido em sala de aula, pesquisam a respeito de assuntos a serem abordados e estendem seus escritos com vistas a propagar visões sobre a escola, o mundo do trabalho e as relações sociais. Daí a justificativa do projeto inserir-se no entremeio do ensino, da pesquisa e da extensão. O projeto, iniciado em 2016, resultou em quatro edições, em que temas como amizade, machismo, racismo e homofobia, valorização da vida, bullying e suicídio, cultura, cursos técnicos, produções artísticas, esportes, escolha profissional, inclusão social, tecnologias, dentre outros, ganham espaço ao sabor dos olhares e gestos verbais e não verbais dos participantes.  Os resultados parciais do projeto demonstram a melhora dos conceitos em língua portuguesa e produção textual, bem como o aumento do interesse dos participantes em argumentar acerca do meio em que se inserem. Além disso, conferiu-se ao projeto o terceiro lugar na mostra FAPERJ do Noroeste Fluminense, em 2017 e o primeiro lugar na VI mostra do Conhecimento  do Campus Bom Jesus do Itabapoana, em 2018.