O ENSINO DE LIBRAS E AS DIFICULDADES DOS DISCENTES OUVINTES
Antonilde Santos ALMEIDA
Javã Fonseca Sousa JÚNIOR
asalmeida@uneb.br
javajuniorfonseca@hotmail.com
Este texto apresenta resultados de uma experiência no ensino de graduação com o componente Libras, em seis turmas no Departamento de Ciências Humanas (DCH), Campus III – UNEB, nos cursos de licenciatura em Pedagogia e bacharelado em Jornalismo. As questões aqui apresentadas sobre essa disciplina, procuram esclarecer sobre o que está sendo desenvolvido em Libras por meio de atividades presenciais e à distância. Várias são as estratégias de aprendizagem: fórum, interação com docentes presenciais e professores surdos, profissionais que atuam como interpretes; avaliações escritas, exercícios práticos, bem como outros materiais didáticos para complementar a formação dos alunos ouvintes e surdos, que possam ou não usar Libras. O processo ensino-aprendizagem é pautado na vivência de práticas de letramento em mídias digitais para as três turmas, dos dois cursos. A base teórica está centrada na declaração de Salamanca, Sá (2002), Strobel (2008), Gesser (2009) entre outros estudiosos. Após a experiência, é possível afirmar que ainda existem muitas (de)formações a respeito da formação nesses dois cursos principalmente no âmbito da comunicação no que diz respeito à prática e ao uso da língua. Mesmo com o reconhecimento da Libras, língua como oficial, um dos cursos só veio a oferecê-la em 2018 como disciplina curricular obrigatória, mas ambos na modalidade semipresencial. Modalidade essa que requer muito estudo e apropriação por partes dos discentes ouvintes que até o momento só tiveram disciplinas presenciais, e os quais têm muitas dificuldades nas aulas semipresenciais, principalmente no que se refere à compreensão do funcionamento da Libras e ao entendimento de como o aluno surdo se torna leitor e se apropria da escrita como prática discursiva, se eles próprios têm a mesma dificuldade.
Palavras-chave: LIBRAS, LINGUA PORTUGUESA (LP), FORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO.