Preservação da face e descortesia nos excertos do romance Meu destino é pecar , Nelson Rodrigues | Autores: Fabiana Meireles de Oliveira (USP - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) ; Rodrigo Leite da Silva (FCE - FCE) |
Resumo: A linguagem é um instrumento de comunicação extremamente importante, pois possibilita ao indivíduo comunicar-se com a sociedade , bem como estabelecer interação com o mundo . Dessa forma, as pessoas se relacionam para estabelecer a interação, que é um elemento básico da conversação. Diante desse contexto, para que a relação seja amistosa , os indivíduos precisam utilizar -se da cortesia para atenuar a força ilocutória do enunciado para que não haja conflitos durante o processo interacional , mas , ainda assim , os interactantes podem fugir das regras e não apresentar bom comportamento social , ou seja , podem transgredir os rituais de cortesia e entrar em conflito com os interlocutores. Nesse sentido, quando se inicia a interação, os falantes desejam preservar sua autoimagem pública para que esta não seja invadida durante o ato conversacional. A partir dessa autopreservação da face, encontramos o desequilíbrio da relação entre os interlocutores, o que coloca em risco toda a interação. Diante disso, o objetivo desta comunicação é analisar a descortesia estratégica proferida pelos personagens no romance Meu destino é pecar, de Nelson Rodrigues .Para a análise da descortesia , iremos utilizar excertos do romance com o intuito de mostrar que as relações de interação são construídas por meio de estratégias argumentativas para atacar a imagem do interlocutor , conforme Marlageon (2005) e Culpeper ( 2005) apresentam . Assim, verificamos nas considerações que a descortesia só pode ser compreendida contextualmente, de acordo com as finalidades de cada participante do ato interacional.
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